Defender o emprego na <i>Aerosoles</i>
A deputada comunista no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, esteve, ao início da manhã de dia 23, a contactar com os trabalhadores da unidade de Esmoriz da Aerosoles, acompanhada de dirigentes locais e regionais do Partido. O objectivo da acção foi transmitir a solidariedade dos comunistas aos trabalhadores da empresa que não sabiam, naquele momento, se iriam receber os salários de Dezembro e o subsídio de Natal.
Entretanto, fruto da luta dos trabalhadores e da denúncia pública da situação levada a cabo pelo PCP, a empresa anunciou nesse mesmo dia que pagaria integralmente o subsídio de Natal e o ordenado. Para a Comissão Concelhia de Ovar do PCP, de um momento para o outro passou a ser possível o que «ainda há poucos dias era considerado como impossível». Os comunistas de Ovar realçaram que «esta importante vitória da luta dos trabalhadores desmonta cabalmente as teses da resignação e do fatalismo segundo as quais a luta deixou de valer a pena».
Mas, alertam, os problemas da empresa «estão longe de estar resolvidos». Em aberto continua a possibilidade de ocorrerem despedimentos já em Janeiro, pois a empresa continua a falar da necessidade de «reestruturação».
A visita da deputada comunista surgiu na sequência do requerimento apresentado no Parlamento Europeu sobre a situação na empresa. No contacto com os trabalhadores, Ilda Figueiredo entregou cópias do documento, não se poupando nas palavras de incentivo e apoio à sua luta.
Também na Assembleia da República, por intermédio do deputado Jorge Machado, o PCP entregou um requerimento no qual pretendia saber o que pensa o Governo fazer para defender os postos de trabalho e os direitos destes 1200 trabalhadores. A intervenção do Governo é ainda mais urgente, sublinha, num concelho como Ovar, «que viveu recentemente outra catástrofe social, na Yazaki Saltano».
O grupo Investar, proprietário da Aerosoles, é o maior fabricante nacional de calçado, sendo responsável por cinco por cento das exportações nacionais e contando, em Portugal, com cerca de 1200 trabalhadores, distribuídos por várias fábricas. Há alguns anos, começou a deslocar a sua produção para países como a Índia, o Brasil ou a Roménia.
Há mais de um ano que se ouve falar de dificuldades financeiras do grupo e, durante o último ano, o seu capital sofreu profundas alterações, com a entrada de dois fundos públicos de capitais de risco – a Inovcapital e a Aicep, Capital Global, com relevantes modificações ao nível da administração. Face a isto, o deputado comunista quer ainda saber em que condições esses fundos entraram no capital da empresa, as possíveis implicações desta operação na manutenção dos postos de trabalho, e qual o papel da Caixa Geral de Depósitos no processo.
Entretanto, fruto da luta dos trabalhadores e da denúncia pública da situação levada a cabo pelo PCP, a empresa anunciou nesse mesmo dia que pagaria integralmente o subsídio de Natal e o ordenado. Para a Comissão Concelhia de Ovar do PCP, de um momento para o outro passou a ser possível o que «ainda há poucos dias era considerado como impossível». Os comunistas de Ovar realçaram que «esta importante vitória da luta dos trabalhadores desmonta cabalmente as teses da resignação e do fatalismo segundo as quais a luta deixou de valer a pena».
Mas, alertam, os problemas da empresa «estão longe de estar resolvidos». Em aberto continua a possibilidade de ocorrerem despedimentos já em Janeiro, pois a empresa continua a falar da necessidade de «reestruturação».
A visita da deputada comunista surgiu na sequência do requerimento apresentado no Parlamento Europeu sobre a situação na empresa. No contacto com os trabalhadores, Ilda Figueiredo entregou cópias do documento, não se poupando nas palavras de incentivo e apoio à sua luta.
Também na Assembleia da República, por intermédio do deputado Jorge Machado, o PCP entregou um requerimento no qual pretendia saber o que pensa o Governo fazer para defender os postos de trabalho e os direitos destes 1200 trabalhadores. A intervenção do Governo é ainda mais urgente, sublinha, num concelho como Ovar, «que viveu recentemente outra catástrofe social, na Yazaki Saltano».
O grupo Investar, proprietário da Aerosoles, é o maior fabricante nacional de calçado, sendo responsável por cinco por cento das exportações nacionais e contando, em Portugal, com cerca de 1200 trabalhadores, distribuídos por várias fábricas. Há alguns anos, começou a deslocar a sua produção para países como a Índia, o Brasil ou a Roménia.
Há mais de um ano que se ouve falar de dificuldades financeiras do grupo e, durante o último ano, o seu capital sofreu profundas alterações, com a entrada de dois fundos públicos de capitais de risco – a Inovcapital e a Aicep, Capital Global, com relevantes modificações ao nível da administração. Face a isto, o deputado comunista quer ainda saber em que condições esses fundos entraram no capital da empresa, as possíveis implicações desta operação na manutenção dos postos de trabalho, e qual o papel da Caixa Geral de Depósitos no processo.